Os nomes dos três antivirais mais procurados na Internet durante a pandemia e de uma forma fraudulenta são Arbidol, Hidroxicloroquina e Faviparir. Aparentemente, são medicamentos de uso diário no tratamento de doenças causadas por vírus, como é o caso do atual Covid-19. Mas porque é que hoje em dia são mais procuradas na Internet? Será que as páginas onde as podemos encontrar são fiáveis?
A venda de produtos médicos contrafeitos através da Internet aumentou consideravelmente desde o isolamento, sendo as redes sociais o principal meio de escoamento de 58% do fornecimento ilegal de medicamentos. O Instagram, por exemplo, é a rede com o maior número de eliminações de perfis que vende e promove alguns destes produtos falsificados. Trata-se de perfis recém-criados que oferecem ligações diretas a falsos websites para evitar os grandes mercados.
A Smart Protection, empresa espanhola dedicada ao combate à pirataria e ao contrabando na Internet, desenvolveu nestes dias, a pedido das agências europeias, uma primeira fase de controlo dos medicamentos de grande procura durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19, principalmente na Europa.
Parte do processo consiste na utilização de códigos para localizar medicamentos. Para o efeito, serão utilizadas palavras-chave específicas para posicionar o produto contrafeito na Internet, a fim de evitar mecanismos de controlo estabelecidos pelas próprias contrafações.
Uma das conclusões retiradas deste estudo é que cada vez mais pessoas, confrontadas com a histeria de poderem sofrer sintomas ou de terem contraído a doença, estão a aumentar as compras online de medicamentos como o Arbidol, a Hidroxicloroquina ou o Faviparir. Para além de outros produtos como as máscaras KN95, FFP2 e N95, que se revelaram um esquema.
«Estamos a monitorizar a Internet, em colaboração com organismos europeus, devido ao grande número de cibercrimes que estão atualmente a ocorrer em resultado da pandemia de Covid-19, desde a comercialização de produtos de saúde e medicamentos falsos até à divulgação de notícias falsas sobre determinados medicamentos e substâncias», afirmou Javier Perea, CEO da Smart Protection.
Perante esta situação, a Smart Protection monitorizou 13 medicamentos através de mercados, redes sociais e motores de busca como o Google, bem como testes para detetar o Covid-19 e material médico como as máscaras, que têm sido produzidos desde Março em vários países, incluindo a China, o Reino Unido, a Itália e a Espanha.