A Europa Ocidental acelerou a sua digitalização durante o surto de Covid-19, migrando para a internet e, por sua vez, alimentando o comércio eletrónico. A Irlanda não foi exceção. Milhares de empresas irlandesas vêm agora as vendas online a constituir uma parte significativa da oferta de retalho.
O que esperar do e-commerce irlandês em 2020?
As estatísticas dizem-nos que:
- A receita no mercado de comércio eletrónico irlandês está projetada para atingir 3.000 milhões de euros em 2020;
- A receita deverá apresentar uma taxa de crescimento anual (CAGR 2020-2024) de 8,6%, resultando num volume de mercado projetado em 4.168 milhões de euros até 2024;
- O maior segmento do mercado é a Moda, com um volume de mercado projetado em 878 milhões de euros em 2020;
- A penetração de utilizadores será de 68,0% em 2020 e deve atingir 77,5% em 2024;
- A receita média por utilizador (ARPU) deverá ascender a 893,97 €.
1.200 novos clientes para empresa de correio expresso na Irlanda
Enquanto muitas empresas estão a falir, outras, mais direcionadas para o online, estão agora a ter o seu boom, como é o caso de Danny Hughes, CEO da empresa Fastway Couriers na Irlanda. A sua empresa teve um aumento de 70% no volume de negócios este ano.
A empresa de correio expresso acrescentou 1.200 clientes empresariais irlandeses aos 3.000 que já possuía. O CEO da empresa afirma que a maioria dessas empresas está mudar para canais de vendas online.
Algumas empresas irlandesas aumentaram as suas quantidades de comércio eletrónico em 80%.
Vendas acima da expectativa
A partir de março de 2020, a empresa de correio expresso registou um aumento significativo durante três meses. Atualmente, as vendas caíram, mas ainda estão 15 a 20% acima das expectativas.
Os consumidores ainda estão a fazer compras online devido ao facto de os retalhistas terem promovido o comércio eletrónico devido ao surto de Covid-19.
Participação do comércio eletrónico
O comércio eletrónico na Irlanda caiu quase aos níveis anteriores à pandemia em agosto de 2020. Tal informação sugere que os consumidores não estão totalmente afastados de lojas físicas de retalho.
Dados do Central Statistics Office mostram que a participação do comércio eletrónico no total das vendas no retalho passou de 3,5% em fevereiro, para 15,3% em abril e apenas 4,4% em agosto.