A III edição do Marketplace Summit aconteceu no passado dia 23 no Hotel Nuevo Boston em Madrid e finalmente pudemos reunir, outra vez, alguns convidados e especialistas de marketplaces num evento, semi-físico, organizado pela Ecommerce News. O primeiro painel da manhã reuniu na sala Octopia representantes de grandes players que lançaram o seu marketplace: Sora Sans CEO na BULEVIP, David Morales, Marketplace Project Leader na Pccomponentes, Miguel Ángel Cuesta, Director na PayPal Iberia, José García, Responsable de Desarrollo de Producto na Casa del Libro y Iván Muñoz, Director Desarrollo comercial & Marketplace Ecommerce Noffod de Carrefour.
O painel debateu os desafios do lançamento de um marketplace, o porquê das empresas estarem a lançar os seus próprios marketplaces, a oportunidade de negócio que representam no quadro do Comércio Colaborativo, a híper personalização enquanto realidade atual e o potencial do Marketplace como um instrumento gerador de receitas e oportunidade de negócio.
Durante o último ano, com o aparecimento do COVID, os objetivos dos marketplaces tiveram que ser adaptados, porque todos eles aumentarem em muito o seu número de vendedores. A maior procura exigiu também uma maior agilidade por parte dos fornecedores de serviços e no caso do Paypal, está no seu ADN ajudar a pagar e a ser pago. Em relação à solução para marketplaces que dispõe é muito aberta, com soluções de pagamento através de Paypal, de cartões, meios de pagamentos alternativos, locais, transferências nacionais e internacionais, cumprindo sempre os regulamentos como o PSD2.
Qual são os aspetos os aspetos mais sensíveis no momento de pôr em marcha os vossos marketplaces?
Para David Morales, Marketplace Project Leader na Pccomponentes, o mais complicado é a homogeneização dos processos, principalmente em ecommerce híbridos, ou pureplayers que têm debaixo da sua alçada todos os processos, e têm que integrar novas operações próprias de marketplaces. No caso simples das devoluções é necessário criar um sistema para que o produto sejam devolvido ao próprio vendedor e não ao armazém do ecommerce que se transformou em marketplace.
Por outro lado, José García, Responsable de Desarrollo de Producto na Casa del Libro, acrescenta a importância de ter um partner de desenvolvimento que permita dar ao consumidor uma experiência sem fricções.
Ivan 12:20 desafio – um modelo de escala muito rapido, manteer standers de qualidade porque a imagem da marca é o que está sempre em causa
«Já não é somente um tema de homogeneização de processos ou de cultura interna mas um tema de imagem de marca e essa era uma das nossas principais inquietudes
Iván Muñoz, Director Desarrollo comercial & Marketplace Ecommerce Noffod de Carrefour
Como é que o factor marketplace afeta o SEO dos grandes players?
Quando tens um marketplace dentro de um ecommerce e já contas com um posicionamento , pensamos em mudar um catalogo como o nosso de 60 mil referências para 250 mil e com a expetativa de chegar a meio milhão no final do ano. Estes são muitos URLs, arquitetura de links, a regra de posicionamento que vais ter… Não só o SEO, mas também o SEM e dentro de todos destes desafios também existe o tema da analítica de como diferencias dentro do mesmo ecossistema onde o cliente é único e tens que medir os KPIs dos vendedores ou do teu próprio ecommerce e dos vendedores, onde poderá a ver canibalização entre vendedores. (…) Se ainda não tinhas SEO vais crescer e já tinhas vais possivelmente penalizado se tomas cuidado com o tema.
Sora Sans, CEO na BULEVIP
Hiperpersonalização é uma realidade?
As opiniões divergem neste tema. Depende da área de negócio ou de marca, a hiperpersonalização já é uma realidade. Em 2021 para a Casa del Libro, já o é. A recomendação personalizada através de um bom motor de busca é essencial na opinião de José García. Também na BULEVIP a hiperpersonalização é essencial, e têm uma equipa focada nisto, porque acreditam que é o que o consumidor quer, comodidade no teu ecossistema.
Por outro lado, para David Morales, ainda é uma realidade jovem e que ainda terá que crescer muito. Segundo Iván Muñoz, no Carrefour tudo está relacionado com a inteligência artificial e o uso desta tecnologia para perceber o que cliente procura e poder adaptar cada oferta é algo que lhes aporta valor.