Durante a semana passada o Web Summit contou com a presença de um painel especializado que debateu o quão importante são os ‘social media’, para a sobrevivência das marcas modernas. Dima Khatib, Managing director na AJ+, Margaret Molloy, Global CMO na Siegel+Gale e Alex Chung, Founder da GIPHY falaram das suas marcas e de algumas táticas que atraem os corações dos consumidores e que impedem as marcas de serem #esquecidos?
“A internet está a mover-se para o social” afirmou Alex Chung. A tática para conquistar a audiência antes era passar a mensagem da marca, “hoje já ninguém quer saber disso” diz o orador. Hoje o sucesso da marca depende da capacidade de passar mostrar a sua personalidade, cerca de 85% do conteúdo que as pessoas gostam de partilhar é de marca (“branded”) e segundo Alex “as marcas que estão a fazer bem são as que estão a usar gifs para passar a personalidade e não as que te estão a fazer ‘pitching’”.
Para uma startup que está no seu começo a produção de conteúdo não é fácil porque as grandes empresas copiam e destroem as empresas mais pequenas “e nós queríamos ganhar essa batalha e quando as pessoas estivessem no Facebook, WhatsApp e social media estariam a usar-nos” explica o fundador da Giphy. A truque foi serem usados em vez de copiados pelas grandes marcas.
Apesar de na Siegel+Gale o foco ser diferente, B2B, Margaret Molloy, à semelhança de Alex, reforça a importância de passar a personalidade da empresa, trabalhar de perto as marcas e perceber que “engagment (envolvimento) é agora conteúdo de marketing”. As redes sociais são uma ótima plataforma para impactar os consumidores, sejam empresas ou indivíduos singulares. Margaret apresentou três perguntas que cada marca deve responder e conjugar para transmitir com sucesso a sua personalidade nas redes sociais: Quais são os interesses da minha audiência, qual é a minha a proposta de valor e qual o propósito da minha marca?
Primeiro tens que saber o propósito da tua marca e chegar às tribos porque todos temos pequenas tribos e o social vai permitir encontrar pessoas como muito valor para a marca e que impactam outras pessoas” afirma Margaret.
Mas o que é um bom envolvimento ‘engagement’?
Para Dima Khatib, Managing director na AJ+, “mais seguidores não é tudo. Ter menos seguidores que outros, mas ter um alto nível de partilhas do nosso conteúdo é para mim sucesso. 22 biliões de visualizações no youtube. O que eu olho é o impacto dessas visualizações, não são as visualizações em si”. Não são só os retweets que provam o envolvimento com a marcas, os comentários negativos e os ‘haters’ também o fazem e é positivo. Mostra que a marca é disruptiva e que estão a tirar as pessoas da sua zona de conforto.
Para mostrar a personalidade da marca é preciso falar como um membro do grupo, desde dentro e para isso é essencial conheceres a tua audiência e tomares consciência da diversidade da mesma. “Precisas de ter conteúdo que importa para as pessoas na rua, aqueles que te seguem, não o que interessa para ti” expressa Dima.
A oradora termina a sessão a transmitir confiança às marcas “é preciso falhar para saber o que resulta e não resulta. Temos que nos mentalizar disto. Temos que tentar várias vezes”.