O Showroomprivé ganhou 118,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, menos 19,8% do que os 147,3 milhões obtidos no primeiro trimestre do ano passado.
No digital, registaram 2,6 milhões de encomendas, o que representa uma quebra de 18,8%. No plano físico, a empresa francesa recebeu 1 milhão de euros, em comparação com os 3,2 milhões de euros no início de 2019.
A empresa registou um primeiro trimestre de queda, sendo que os seus fundadores, Thierry Petit e David Dayan, sublinharam a eficácia das alterações que estão a implementar na empresa e previram um desvio em relação à tendência a partir de abril.
A empresa está otimista porque, tal como explicado pelos fundadores, a diminuição dos lucros deve-se à redução da oferta que a empresa tem vindo a realizar para se concentrar em produtos mais rentáveis e aumentar o “drop shipping”. A isto acresce a redução do investimento em marketing, que afetou negativamente o número de novos compradores.
Isto reflete-se no facto de durante os primeiros três meses do ano a empresa ter acrescentado 1,2 milhões de utilizadores, menos 15,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, destes, 90,3% são leais à marca, uma quota superior à do primeiro trimestre do ano passado (89,7%).
Contudo, os executivos deixaram claro que tudo está a correr de acordo com o planeado e defendem a manutenção do seu roteiro: «Esta mudança era esperada e estamos a avançar com o nosso roteiro». Esperamos que a mudança do nosso modelo, a expansão da oferta e o reforço da nossa equipa comercial ajudem a melhorar esta tendência nos próximos trimestres«.
A nova estratégia compensa
A empresa afirma ter assistido a uma recuperação da atividade desde o início de abril, o que refletiria um aumento considerável em comparação com abril de 2019. «É claro que teremos de confirmar esta tendência nos próximos meses, uma vez que a contenção é levantada«, afirmaram.
A fim de fortalecer a sua estrutura financeira a curto e médio prazo, os fundadores confirmaram que a empresa chegou a um acordo com várias entidades bancárias e que, além disso, espera um aumento de capital entre 8 e 10 milhões de euros. Esta última injeção está sujeita à aprovação da assembleia geral de acionistas, que deverá realizar-se a 8 de junho.